Tuesday, 12 February 2008

Janeiro de 2008

Dessa vez, a ida para Porto Belo não foi muito construtiva.. bebi, esqueci um pouco de mim, esqueci bastante das coisas que me rodeiam. Mas nada de muito útil.

Foi no dia 12, no resultado do vestibular, que eu aprendi algumas coisas.. provavelmente levá-las-ei para sempre. Aprendi que vitórias pessoais não são nada se você não tiver feito alguém se orgulhar delas, fora você mesmo. Conseguir êxito em algo e não ter para quem mostrar é como não conseguí-lo.
Aprendi também que as pessoas que mais se importam são aquelas que mais se orgulham. Família é importante, primordial.. mas não toda ela. Amigos vem e vão.. mas não todos. Alguns familiares são partes de mim, alguns amigos têm pedaços na minha formação. Isso ficará pra sempre.
Descobri consequentemente que se importar com as pessoas, por menor que seja a atenção dada, é um sorriso sincero. É uma gratidão tão recíproca que não importa se o mais satisfeito é o agraciado ou o agraciador. Importa o laço firmado.

Espero sinceramente levar isso para o resto dos meus dias.


Procurar meu nome na lista de aprovados ao lado da Gika foi de uma satisfação imensa. Chegar em casa pedindo por ovo, ver meus pais, minha tia Allani e meu tio Pedro saírem correndo pra me tacar coisas nojentas me deixou completamente satisfeito, por mais que fossem...coisas nojentas. Just part of the game.
Recebi mensagens e ligações que nunca esquecerei. Cada uma dessas pessoas terá pra sempre um espaço na minha memória.


Receber amigos na minha casa durante meu aniversário de 18 anos foi um tanto quanto difícil. Nunca havia sido anfitrião.. tinha medo do que as pessoas achariam. Não tenho vergonha do que sou ou do que tenho, mas ao contrário do que eu tento transparecer, eu me incomodo por não ter a oferecer conforto suficiente para aqueles que merecem.
Na verdade, eu duvido que tenham gostado de ir para Guaratuba por aqueles 2 dias em que não fizemos praticamente nada. Mas.. perdoem-me. Esforcei-me ao máximo para atender a cada um deles.



Não foi aqui que começou, mas foi aqui que se acentuou.. leram a retrospectiva, neh ? Recuso-me a denominá-la paixonite agora que explicarei o início.
Eu tenho um certo amadurecimento precóce de opiniões e objetivos. Há um tempo atrás, eu procurava um amor como qualquer outra pessoa. Tinha um grau de seletividade baseado no presente; beleza e diversão. Mas isso mudou. Amadureci essa procura e acabei achando ao meu lado coisa melhor do que eu estava procurando por todos os lugares.

Uma pessoa bem humorada, gentil, carinhosa, sempre disposta a sorrir, sempre com uma palavra de incentivo ou de desencentivo quando necessário.. Uma pessoa que, acima de tudo, importa-se. Importa-se com os amigos, com sua família, com sua imagem, com seus modos, com sua educação.. a convivência me ensinou quão simplória e moralista ela é. E me trouxe a mais mortal das dúvidas: é admiração ou é amor ? É paixão ou paixonite ? Durará por alguns dias ou se arrastará para sempre ?



No começo da terceira dezena de Janeiro, voltei sozinho para casa.
Aprendi na marra que eu não conseguiria viver só. Sinto falta de gente para dividir almoço, café da tarde e janta comigo. Sinto falta de gente assistindo TV ou fazendo barulho enquanto eu faço outra coisa.. enfim, aprendi que não vivo sem uma família. Mesmo que essa família seja de amigos.



"You’re my family
You’re my destiny
The only ones
The only ones I want
You mean more to me
More than life can be
The only ones
The only ones I love
We’re united in our hearts"
[You're My Family]

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